quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Tentativas de cantarolar saltitando...

...Me renderam dores nas pernas e a triste constatação de que eu não sei cantarolar. Principalmente Mozart ou o Bolero de Ravel em "parararans".

Mas são legais mesmo assim.

Haha.

Incrível...

Voltando à rotina.
Teatro;
Trabalho;
Escola...
Aulas de biologia. As terríveis aulas de biologia.

E discussão no final da aula porque a nobre professora defende "não a pena de morte, mas a execução. Afinal a pena de morte dá muitos custos pro estado, e demora muito."

Pleno século XXI e ninguém vê a incoerência da pena de morte (evolução lenta, essa da nossa racinha, hein?).
Pior, só mesmo ela dizendo que "sob alguns aspectos, a ditadura era muito melhor, mesmo" e que "os jovens estão muito folgados, matando alguns eles ficarão com medo, e só assim terão disciplina".

Putz...

Ahm, não, melhor nem comentar, já usei de todos argumentos que podia.

Só sei que é incrível, é realmente incrível.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Pequena bizarrice

"Na dúvida, fique parado."

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Ao pé da árvore

Ia escrever.

Mas não sabia. Estava receosa. Não escrevia há tanto tempo.

Escrever era bom, pelo que ela podia lembrar. Aliviava. Era estranho. Mas era bom.

O problema é que ela gostava tanto, que não escrevia.

Ela gostava. Adorava escrever. E escrever algo ruim, pensava, não valia a pena. Pra quê desperdiçar palavras e construções – idéias não, suas idéias ela não prezava tanto – à toa, palavras que poderiam servir pra descrever idéias tão mais relevantes... E ela usaria assim, indiscriminadamente, só por falta do que fazer?

Não, não era muito justo.

Escrever por falta do que fazer! Não podia...

E... Simplesmente sair escrevendo, era assim que ela gostava.

Sem mistérios, sem pompas, sem problemas, sem implicações nem implicâncias. As palavras apareciam, ela escrevia, lia, gostava. Ou não. E mudava, mexia em uma coisinha ou outra. E pronto.

E pronto, mesmo.

Sem finais esplêndidos, ou morais no final da história. Sem idéias grandiosas, sem mensagens, sem mistérios, sem nada demais, nem nada que alguém comum não pudesse fazer.

Não, ela não queria ser alguém comum. Mas, poxa, que havia de errado com isso? E se fosse? Não queria, mas isso não é coisa que se escolhe. Ela era e pronto.

Por que não escrever?

Escrever era algo tão singelo, pra ela.

Tão interessante, tão delicado.

Tanto, que, desperdiçar escrita pra transmitir meias idéias simplesmente não valia a pena. Nem a tinta, nem o papel.

“Mas é tudo reutilizável, a gente recicla!”

Escrever pra não dizer nada. É mesmo válido?

“Válido é se sentir bem”, dizia uma voz afável ao longe.

Ela pegou o papel. Riscou. Um, dois, três versos. Sorriu e depois dormiu, ao pé da árvore.