sábado, 8 de dezembro de 2012

Um pouquinho de Paris, há um mês


Faz mais de um mês que fui pra Paris.
Queria ter escrito aqui antes, mas "antes" não existe mais. Então vamos lá, agora.
Fui pra Paris de trem, vendo as vaquinhas no caminho. Cheguei, achei o hostel, programei os passeios do dia seguinte... Estava muito frio!
Fui conhecer algumas coisas. A primeira foi o bairro de montmartre, que é um bairro dos boêmios, alguns que são outros que gostariam de ser artistas. Dizem que a comida lá é muito boa, mas não tentei, comi só um sanduíche. Passei num pequeno museu do Dali que era incrível. Daí fui a alguns pontos turísticos, a igreja de Sacre Coeur e o Arco do Triunfo. É muito engraçado ver os turistas tirando fotos de si mesmos. Sempre que podia, me oferecia pra tirar as fotos. Alguns agradeciam felizes, outros diziam que não precisava, um tanto desconfiados.
Acho que uma das coisas mais legais dessas viagens são os albergues. Quando você tem sorte, encontra gente conversando e consegue fazer amigos de meia-hora. Amigos de meia hora são ótimos.
No dia seguinte, por exemplo, passei por Notre Dame e fui conhecer um outro bairro pretensamente intelectual, o bairro que há tempos abriga universidades, a antiga parte latina de Paris (por contraposição à parte bárbara), o bairro da Sorbonne, dos cinemas alternativos, etc. Ali, ao dividir o guarda-chuva com uma moça, fiz mais uma amiga de uma tarde. Aproveitamos para ir ao Louvre, e foi ótimo ir com companhia. Pra conversar um pouco, trocar observações bobas, histórias, risadas. Descobri que a moça estava morando em Lyon também. Mas nunca a encontrei de novo. rs. Amigos de uma tarde são assim, às vezes.
No dia seguinte, consegui ir ao Panthéon, à Sainte-Chapelle e ao que, de tudo, mais me impressionou: o museu de arte moderna e contemporânea, o Centre George Pompidou. Tinha lá um monte de coisa incrível, mas sobretudo esse quadro do Kandinsky, que ao vivo é muito impressionante.
Por último, no domingo passei numa feirinha onde vendiam livros e cds/vinis usados. Muito legal. E depois fui ao Petit e ao Grand Palais. O pequeno era um palácio/museu que fizeram para um concurso de construções, já no sec. XX. Que nem a Torre Eiffel. É legal como esses concursos movimentam a arquitetura, a arte inteira. Fui também ao Palais de la Découverte. Lá é um lugar enorme cheio de "experimentos" pras crianças ficarem curiosas com o conjunto das ciências. Foi legal ir, tinha coisas legais, mas às vezes as explicações deixavam um pouquinho a desejar.
Por fim, fui à Torre Eiffel olhar mais uma vez a cidade de cima. Dormi mais uma noite no albergue e voltei no dia seguinte.
Ao todo, passei muito frio. E meus pés doeram muito, porque minhas duas botas tem salto, no frio não é muito bom.
Foi bom viajar sozinha, você acaba aberto pra muito mais coisa. É muito boa a calma com que você pode perceber as coisas, quando está só com você mesmo. Ao mesmo tempo, é ótimo fazer com que essa abertura (essa presença) sirva para você conhecer gente, fazer boas companhias de meia, duas ou quatro horas. No mais, achei Paris meio escuro. Não me senti tão à vontade para andar sozinha à noite, todo mundo pega metrô, não tem muita gente à pé. Mas não sei se andei pelos melhores lugares. É uma cidade grande, e meu passeio foi pequeno. Quem sabe vou de novo, uma outra vez.
Final de semana passado fui com uns amigos estrangeiros à Genebra. Aí a proposta do passeio foi outro, mas foi bem bom, também. Depois conto um pouco dessa viagem e explico (como uma desculpa para minha ausência) a loucura que está meu fim de semestre aqui. Beijo beijo, pessoal!

4 comentários:

  1. Oh! Que bom estava com saudade de viajar com você.
    Foi bom esse passeio, um pouco rápido, sem muito devorteio, mas assim mesmo foi bom, vamos passear mais?

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  2. Cadê Maria? Onde está minha flor? Seu cheiro está sempre comigo, seu olhar, seus cabelos, sua voz, sua pele e sua fala? onde está sua opinião? Seus segredos de menina que descobre o mundo dos adultos. Essa lindona fala de coisas que gosto de pensar e repensar de me buscar e me remexer, me incomodar. Mudar, ser um vaso novo, "tanta lágrima e eu sou vaso vazio, rema, rema ..." Fala... falaaaa...

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  3. Seus textos são bons.

    Volte a nos dar a oportunidade de lê-los.

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  4. Fiquei imaginando, ao ler o texto, que essa viagem deve ter sido um tanto solitária. Mas logo ao final você fala que isso foi bom. Fiquei pensando como seria passar pela mesma coisa...

    O quadro do Kandinsky é lindo demais. Gostaria de vê-lo ao vivo.

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