Tem umas horas bestas, meio morosas, em que parece que se vive de nostalgia.
Uma memória puxa a outra, que puxa a outra, a saudade é de tudo e cada coisa, com o pesar óbvio de que nada volta.
E não tem o que resolva. Só a vida, em seu curso irrevogável, que com a mesma voracidade com que deixou as coisas pra trás, vai puxando-as pelo tempo, trazendo as coisas daquele futuro inimaginável pro agora. - E agora? E daqui a pouco, ou muito? Qualquer resposta seria igualmente fantasiosa, mas já basta pra fazer figurar o presente como passado. E quase dá saudade também (já) do que ainda é próximo.
Mas a vida é mais rápida que o pensamento, mais dura e mais certa. Não é de especulações sentimentais.
Então adiante, Maria! Anda: que se parar, cai.
Mas, também, anda devagar. De vagar, talvez. Flanando, pra sorver o presente.
E divagar, também, como disse Millôr - por que não? - Mesmo que não seja feita de "especulações sentimentais", a vida deve ser mais que a sucessão crua das coisas. Só tem é que andar. Mesmo que isso inclua um certo lirismo brega, de vez em quando: não tem problema. Anda.
Cadê Maria? Poste mais. Leio todos os posts. Nada esse ano ainda? hahaha. aguardo
ResponderExcluirEntão, escritora em botão? Quero ler esse perfume, flor!
ResponderExcluirÉ muito legal ler suas coisas nesse período da sua vida.
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